MICROBIOLOGIA 1 BACTERIOLOGIA - ESTERILIZAÇAO, DESINFECÇAO E ANTISSEPSIA (MURRAY)

Um aspecto importante do controle das infecções é compreender os princípios da esterilização, desinfecção e antissepsia (Quadro 3-1).

Quadro 3-1
Antissepsia
Uso de agentes químicos na pele ou em outros tecidos vivos para inibir ou eliminar micróbios; não está implicada a atividade esporicida
Desinfecção
Emprego de procedimentos físicos ou de agentes químicos para destruir a maioria das formas microbianas; esporos bacterianos e outros organismos relativamente resistentes (p. ex., micobactérias, vírus, fungos) podem permanecer viáveis; os desinfetantes são divididos em agentes de níveis alto, intermediário e baixo
Germicida
Agentes químicos capazes de matar micróbios; os esporos podem sobreviver
Desinfetante de alto nível
Um germicida que mata todos os patógenos microbianos exceto grande número de esporos bacterianos
Desinfetante de nível intermediário
Um germicida que mata todos os patógenos bacterianos exceto endósporos bacterianos
Desinfetante de baixo nível
Um germicida que mata a maioria das bactérias na forma vegetativa e vírus com envoltório lipídico ou vírus de tamanho médio
Esporicidas
Germicida capaz de matar esporos bacterianos
Esterilização
Emprego de procedimentos ou de agentes químicos para destruir todas as formas microbianas, incluindo os esporos bacterianos

Esterilização
A esterilização é a destruição completa de todos os microrganismos, incluindo-se as formas mais resistentes como os esporos, micobactérias, vírus sem envoltórios (lipídicos) e fungos.  Isto pode ser realizado utilizando-se esterilizantes físicos, gasosos ou químicos (Tab. 3-1).

Tabela 3-1 Métodos de Esterilização

Esterilizantes físicos como umidade e calor seco são os mais comuns métodos de esterilização utilizados em hospitais e são indicados para a maioria dos materiais, exceto para aqueles que são sensíveis ao calor ou compostos químicos tóxicos ou voláteis.  A filtração é útil para remover bactérias e fungos do ar (com filtros de alta eficiência para partículas aéreas [HEPA]) ou de soluções.  Entretanto, estes filtros são incapazes de remover vírus e algumas bactérias menores. A esterilização por radiação ultravioleta ou ionizante (p.  ex., microondas ou radiação gama) é, também, comumente utilizada.  A limitação da radiação ultravioleta é a necessidade da exposição direta.
O óxido de etileno é o gás esterilizante mais utilizado.  Embora seja altamente eficiente, regulamentações rigorosas limitam seu uso porque o gás é inflamável.  É explosivo e carcinogênico para animais de laboratório.  A esterilização com gás formaldeído é, também, limitada porque o agente químico é carcinogênico.  Seu uso é principalmente restrito à esterilização de filtros HEPA.  Os vapores de peróxido de hidrogênio são agentes esterilizantes eficientes por conta da natureza oxidante do gás.  Este agente é utilizado para a esterilização de instrumentos.  Uma variante é a esterilização por plasma de peróxido de hidrogênio, na qual o peróxido de hidrogênio é vaporizado e, então, radicais livres reativos são produzidos pela energia de frequências de microondas ou de frequências de rádio. Desde que este é um método eficiente de esterilização que não produz   subprodutos tóxicos, prevê-se que a esterilização por plasma substituirá muitas das aplicações do óxido de etileno.  Entretanto, este não pode ser utilizado com materiais que absorvem o peróxido de hidrogênio ou que reajam com o mesmo.
Dois esterilizantes químicos têm sido utilizados:  o ácido paracético e o glutaraldeído.  O ácido paracético, um agente oxidante, tem excelente atividade e seus subprodutos (i.e., ácido acético e oxigênio) não são tóxicos.  Em contraste, a segurança é uma preocupação com o glutaraldeído e muito cuidado deve ser tomado quando se emprega este agente.



Desinfecção
Os micróbios são destruídos por processos de desinfecção, embora organismos mais resistentes sobrevivam.  Infelizmente os termos desinfecção e esterilização são eventualmente trocados, resultando em algumas confusões.  Isto ocorre porque os processos de desinfecção foram categorizados em processos de alto nível, nível intermediário e baixo nível. A desinfecção de alto nível pode, de forma geral, se aproximar da esterilização em eficiência, entretanto os esporos podem sobreviver na desinfecção de nível intermediário e muitos micróbios podem permanecer viáveis quando expostos à desinfecção de baixo nível.
Mesmo a classificação de desinfetantes (T ab.  8-2) por seus níveis de atividade não é absoluta.  A efetividade desses processos é influenciada pela natureza do artigo a ser desinfetado, número e resistência dos organismos contaminantes, quantidade de material orgânico presente (que pode inativar o desinfetante), tipo e concentração do desinfetante, além da duração e temperatura da exposição.

Tabela 3-2 Métodos de Desinfecção

Os desinfetantes de alto nível são utilizados para artigos envolvidos com procedimentos invasivos que não podem suportar os procedimentos de esterilização (p.  ex., certos tipos de endoscópios, instrumentos cirúrgicos contendo plástico ou outros componentes que não podem ser autoclavados).  A desinfecção desses e de outros artigos é mais eficiente se for realizada um limpeza prévia da superfície para a remoção de material orgânico.  Exemplos de desinfecção de alto nível incluem o tratamento com vapor quente e o uso de líquidos como o gluta raldeído, peróxido de hidrogênio, ácido paracético e compostos de cloro.
Os desinfetantes de nível intermediário (i.e., álcoois, compostos iodóforos, compostos fenólicos) são utilizados para a limpeza de superfícies ou de instrumentos nos quais é improvável a contaminação com esporos bacterianos ou por outros organismos altamente resistentes.  Eles têm sido designados como instrumentos e dispositivos semicríticos e incluem endoscópios de fibra óptica, laringoscópios, espéculos vaginais, circuitos de respiração anestésica entre outros artigos. Os desinfetantes de baixo nível (i.e., compostos de amônio quaternário) são utilizados para tratar instrumentos e dispositivos não críticos, como braçadeiras de aparelhos de pressão, eletrodos de eletrocardiograma e estetoscópios.  Embora estes artigos entrem em contato com os pacientes, não penetram através da mucosa ou em tecidos estéreis.
O nível de desinfetantes utilizados para superfícies ambientais é determinado pelo risco relativo de essas superfícies atuarem como reservatórios de organismos patogênicos.  Por exemplo, um desinfetante do mais alto nível deve ser empregado para tratar a superfície de um instrumento contaminado com sangue do que para limpar superfícies “sujas”, como pisos, pias e bancadas.  A exceção se dá quando uma superfície esteja implicada em infecção hospitalar, como um banheiro contaminado com Clostridium difficile (bactéria anaeróbica formadora de esporos) ou uma pia contaminada com Pseudomonas aeruginosa.  Nesses casos deve-se selecionar um desinfetante com atividade apropriada contra o patógeno implicado.



Antissepsia
Os agentes antissépticos (Tab.  3-3) são utilizados para reduzir o número de micróbios na superfície da pele.  Estes compostos são selecionados pela segurança e eficiência.  Um sumário das propriedades germicidas está apresentado na Tabela 3-4.  Os álcoois têm uma excelente atividade contra todos os grupos de organismos, exceto para os esporos, e não são tóxicos, embora tendam a desidratar a superfície da pele, por removerem lipídios.  Também, não têm atividade residual e são inativados por matéria orgânica.  Por isso, a superfície da pele deve ser limpa antes do álcool ser aplicado. Os iodóforos são, também, excelentes agentes antissépticos da pele, tendo um espectro de atividade semelhante ao dos álcoois. São um pouco mais tóxicos que o álcool para a pele, possuem uma limitada atividade residual e são inativados por matéria orgânica.  Os iodóforos e as preparações de são frequentemente utilizados com álcool para desinfecção de superfície da pele.  A clorhexidina tem ampla atividade antimicrobiana, embora elimine os organismos em muito menor velocidade do que o álcool. Apresenta atividade residual, embora a presença de material orgânico e pH elevado diminua sua eficiência.  A atividade do paraclorometaxilenol (PCMX) é limitada principalmente às bactérias Gram positivas.  Por não ser tóxica e ter atividade residual, tem sido utilizado em produtos de lavagem de mãos.  Otriclosan é ativo contra bactérias, mas não contra outros organismos.  É um agente antisséptico comum em sabões desodorantes e em alguns cremes dentais.

Tabela 3-3 Agentes Antissépticos

Tabela 3-4 Propriedades Germicidas de Agentes Desinfetantes e Antissépticos


Mecanismos de Ação
Na seção seguinte revisará rapidamente os mecanismos pelos quais atuam os mais comuns esterilizantes, desinfetantes e antissépticos.

Calor Úmido
As tentativas de esterilizar artigos se utilizando água fervente são ineficientes porque podem manter somente relativamente baixa temperatura (100° C).  De fato, a formação de esporos bacterianos é comumente demonstrada pela fervura de uma suspensão de organismos e, então, subcultivando esta suspensão.  A fervura mata organismos na forma vegetativa, mas os esporos permanecem viáveis. Se crescem organismos na placa de subcultura, a bactéria se mostra capaz de esporulação.  Em contraste, vapor sob pressão dentro de uma autoclave é uma forma muito eficiente de esterilização; as altas temperaturas causam desnaturação das proteínas microbianas.
A taxa de morte bacteriana durante o processo de autoclavação é alta, mas é influenciada pela temperatura e pela duração da autoclavação, pelo tamanho da autoclave, taxa de fluxo do vapor, densidade e tamanho da carga e pela colocação da carga na câmara.  Deve-se ter cuidado de evitar a formação de bolsas de ar, que inibem a penetração do vapor na carga.  Em geral, a maioria das autoclaves é operada a 121°C até 132°C por 15 minutos ou por mais.  A inclusão de preparações comerciais de esporos de Bacillus stearothermophilus pode auxiliar a monitorar a eficiência da esterilização. Uma ampola desses esporos é colocada no centro da carga, removida ao final do processo de autoclavação e incubada a 37°C.  Se o processo de esterilização é bem-sucedido o organismo não consegue esporular e não há crescimento no cultivo.

Óxido de Etileno
O óxido de etileno é um gás incolor, solúvel em água e em solventes orgânicos comuns, que é utilizado para esterilizar artigos sensíveis ao calor.  O processo de esterilização é relativamente lento e influenciado pela concentração do gás, pela umidade relativa e conteúdo de umidade do artigo a ser esterilizado, tempo de exposição e temperatura. O tempo de exposição é reduzido em 50% para cada duplicação da concentração de óxido de etileno. Deste modo, a atividade do óxido de etileno aumenta em aproximadamente o dobro a cada incremento de 10°C na temperatura. A esterilização com o óxido de etileno é ótima com uma umidade relativa de aproximadamente 30%, com um decréscimo na atividade em umidades mais altas ou mais baixas.  Isto é particularmente problemático se os organismos contaminantes estão secos em uma superfície, ou liofilizados.  O óxido de etileno exerce sua atividade esporicida através da alquilação de grupos terminais hidroxila, carboxila, amina e sulfidrila.  Este processo bloqueia os grupos reativos requeridos para muitos processos metabólicos essenciais.  Exemplos de outros potentes gases alquilantes utilizados como esterilizantes são o formaldeído e a β-propiolactona. Pelo fato de o óxido de etileno poder lesar tecidos viáveis, o gás deve ser dissipado antes do artigo ser utilizado. O período de aeração é geralmente de 16 horas ou mais.  A efetividade da esterilização é monitorada pelo teste com esporo de B. subtilis.

Aldeídos
Como o óxido de etileno, os aldeídos exercem seus efeitos através da alquilação.  Os dois aldeídos mais conhecidos são o formaldeído e o glutaraldeído, ambos podendo ser utilizados como esterilizantes ou desinfetantes de alto nível. O gás formaldeído pode ser dissolvido em água (produzindo a formalina) em uma concentração final de 37%.  Estabilizadores como o etanol são adicionados à formalina. As baixas concentrações de formalina são bacteriostáticas (i.e., inibem, mas não matam os organismos), entretanto concentrações mais altas (p. ex., 20%) podem matar todos os organismos.  Combinando-se o formaldeído com álcool (p.  ex., 20% de formalina em 70% de álcool) pode-se intensificar a atividade microbicida. A exposição da pele ou membranas mucosas ao formaldeído pode ser tóxica.  O glutaraldeído é menos tóxico para tecidos viáveis, mas pode, também, causar queimaduras na pele ou em membranas mucosas.  O glutaraldeído é mais ativo em níveis alcalinos de pH (“ativado” por hidróxido de sódio), mas é menos estável. O glutaraldeído é, também, inativado por material orgânico, por isso devemos limpar os artigos, antes de serem tratados.

Agentes Oxidantes
Os exemplos de agentes oxidantes incluem o ozônio, o ácido peracético e o peróxido de hidrogênio, sendo o último mais comumente utilizado.  O peróxido de hidrogênio mata eficientemente a maioria das bactérias em concentrações de 3% a 6% e mata todos os organismos, incluindo os esporos, em concentrações maiores (10% a 25%).  A forma oxidante ativa não é o peróxido de hidrogênio, mas sim os radicais livres hidroxila formados pela decomposição do peróxido de hidrogênio.  O peróxido de hidrogênio é utilizado para esterilizar implantes de plástico, lentes de contato e próteses cirúrgicas.

Halogênios
Os halogênios, como compostos contendo iodo ou cloro, são utilizados amplamente como desinfetantes.  Os compostos de iodo são os mais eficientes halogênios disponíveis para a desinfecção.  O iodo é um elemento altamente reativo que precipita proteínas e oxida enzimas essenciais.  É microbicida contra virtualmente todos os organismos, incluindo-se as bactérias formadoras de esporos e as micobactérias.  Nem a concentração, nem o pH da solução de iodo afetam a atividade microbicida, embora a eficiência das soluções de iodo se intensifique em soluções ácidas porque mais iodo livre é liberado.  O iodo age mais rapidamente do que outros compostos de halogênios ou do que compostos de amônio quaternário.  Entretanto, a atividade do iodo pode ser reduzida na presença de certos compostos orgânicos e inorgânicos, incluindo-se o soro, fezes, líquido ascítico, escarro, urina, tiossulfato de sódio e amônia.  O iodo elementar pode ser dissolvido em iodeto de potássio aquoso ou em álcool, ou pode ser complexado com um carreador.  O último composto é considerado um iodóforo (iodo, “iodeto”; phor, que leva, que conduz).  O iodo povidona (iodo complexado com polivinilpirrolidona) é utilizado mais comumente e é relativamente estável e não tóxico para tecidos e superfícies metálicas, mas é caro comparado com outras soluções de iodo. Compostos de cloro são utilizados amplamente como desinfetantes.  As soluções aquosas de cloro são rapidamente bactericidas, embora seus mecanismos de ação ainda não estejam definidos. Três formas de cloro podem estar presentes na água: cloro elementar (Cl 2), que é um muito forte agente oxidante; ácido hipocloroso (HOCl); e o íon hipoclorito (OCl 2).  O cloro também se combina com a amônia e com outros compostos nitrogenados para formar as cloraminas ou compostos N-cloro.  O cloro pode exercer seu efeito pela oxidação irreversível de grupos sulfidrila (SH) de enzimas essenciais.  Acredita-se que os hipocloritos interajam com componentes citoplasmáticos para formar compostos N-cloro, que interferem com o metabolismo celular.  A eficiência do cloro é inversamente proporcional ao pH, com maior atividade observada em níveis ácidos de pH.  Isto é consistente com uma maior atividade associada ao ácido hipocloroso do que com a concentração de íon hipoclorito.  A atividade dos compostos de cloro também crescem com a concentração (p. ex., um aumento de duas vezes na concentração resulta em uma redução de 30% na taxa de morte bacteriana) e com a temperatura (p.  ex., uma redução de 50% até 65% na taxa de morte bacteriana, com uma elevação de 10°C na temperatura).  Matéria orgânica e detergentes alcalinos podem reduzir a eficiência dos compostos de cloro.  Estes compostos demonstram uma boa atividade germicida, embora organismos formadores de esporos são 10 a 1.000 vezes mais resistentes ao cloro do que as formas vegetativas de bactérias.

Compostos Fenólicos
Os compostos fenólicos (germicidas) são raramente utilizados como desinfetantes. Entretanto, têm interesse histórico porque eram utilizados como padrões comparativos para determinar a atividade de outros compostos germicidas.  A razão da atividade produzida por um composto testado em relação àquela obtida para uma concentração definida de fenol determinava o coeficiente fenólico. Um valor de 1 indicava atividade equivalente, maior do que 1 indicava uma atividade menor do que a do fenol e menor do que 1 indicava atividade maior do que a do fenol. Estes testes são limitados porque o fenol não é esporicida à temperatura ambiente (mas é esporicida a temperaturas próximas a 100°C) e tem pouca atividade contra vírus desprovidos de envoltório lipídico.  Isto é compreensível tendo-se em conta que se acredita que o fenol atue rompendo membranas contendo lipídios, resultando em extravazamento do conteúdo celular.  Os compostos fenólicos são ativos contra as normalmente resistentes micobactérias porque a parede celular desses organismos contém uma concentração de lipídios muito alta.  A exposição de fenóis a compostos alcalinos reduz   significativamente suas atividades, entretanto a adição de halogenação dos fenóis intensifica a atividade destes.  A introdução de grupos alifáticos ou aromáticos no núcleo de fenóis halogenados também aumenta a atividade dos mesmos.  Os bifenóis são dois compostos fenólicos interligados.  A atividade desses compostos pode também ser potencializada por halogenação.  Um exemplo de um bifenol halogenado é o hexaclorofeno, um antisséptico com atividade contra bactérias Gram positivas.


Compostos de Amônio Quaternário
Os compostos de amônio quaternário consistem de quatro grupos orgânicos covalentemente ligados ao nitrogênio.  A atividade germicida desses compostos catiônicos é determinada pela natureza dos grupos orgânicos, com as maiores atividades observadas com compostos tendo grupos com cadeias de 8 a 18 carbonos.  Os exemplos de compostos de amônio quaternário incluem o cloreto de benzalcônio e o cloreto de cetipilperidínio.  Estes compostos atuam desnaturando membranas celulares, liberando os componentes intracelulares.  Os compostos de amônio quaternário são bacteriostáticos, quando em baixas concentrações, e bactericidas, a altas concentrações.  Entretanto, organismos como as Pseudomonas, Mycobacterium e os fungos Trichophyton, entre outros, são resistentes a estes compostos.  Sabe-se que algumas estirpes de Pseudomonas podem crescer sem dificuldades em soluções de amônio quaternário. Vários vírus e todos os esporos bacterianos são, também, resistentes. Os detergentes iônicos, material orgânico e a diluição neutralizam os compostos de amônio quaternário.

Álcoois
A atividade germicida dos álcoois é intensificada com o aumento do comprimento da cadeia (máximo de 5 a 8 carbonos).  Os dois álcoois mais comumente usados são o etanol e o isopropanol.  Estes álcoois são rapidamente bactericidas contra bactérias vegetativas, micobactérias, alguns fungos e vírus contendo lipídios.  Infelizmente os álcoois não são efetivos contra alguns fungos e vírus desprovidos de envoltório lipídico.  A atividade é maior na presença de água.  Desta forma, o álcool a 70% é mais ativo do que o álcool a 95%.  O álcool é um antisséptico comum para superfícies de pele e é extremamente eficiente para este propósito quando se segue o tratamento com um iodóforo.  Os álcoois são, também, utilizados para desinfetar artigos como os termômetros.

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